Todos os dias que sucederam o nosso encontro, foram dias que ocorreram tão somente após o nosso encontro. Como se toda a cadeia de sentidos decorridos após este evento estivessem em função desse primeiro, ou em consequência dele - elevados a potência mística de um reencontro. Uma mistura dessas denominações causa e consequência, os quais o nosso encontro teve o poder de dissolver. Antes e depois pararam de fazer efeito, como se tudo fosse uma só coisa - resumida a ter te encontrado, querer te encontrar de novo, e sentir os efeitos desse encontro.
Poucas vezes temos essa sensação de que o controle se esvaiu, com o desmonte de todos os discursos - os planos precisam ser refeitos, reinventados, dilacerados.
Dá vontade de cantar trechos de músicas, misturados, numa tentativa de compor uma canção, fazer colagens com imagens em revistas, numa tentativa de inventar alguma imagem que se assemelhe a sinestesia do nosso encontro. Na minha imaginação, misturo perfumes com novas plantas, numa tentativa desmedida de ter seu cheiro. Aprendo a plantar pra ter uma horta na casa imaginária que eu construí para nós dois. Dá vontade de pular de pára quedas numa tentativa de fazer você ecoar no ar, realizar o curso de mergulho estatizado no papel há anos, numa tentativa de soltar você pelas bolhas de ar.
Vontade de arrumar o quarto, numa ilusão intempestiva de que você o visite. Dá vontade de ser uma pessoa melhor, e pior, e ser o que quiser ser, só pra dizer pra você que eu acordei me sentindo livre ao seu lado. Vontade de fechar os olhos e refazer o nosso encontro em imagens oníricas, numa sensação que tudo aconteceu de maneira tão avassaladora, que não podia ser real, apesar de sentir os efeitos seus em mim em todos os poros que respiram. Vontade de ser coberta pelos seus buracos, suas vontades, seus medos, te consumir, fazer com que os nossos buracos ecoem. Respirar o seu ar, fazer os seus olhos encontrarem os meus.
Você me dá vontade de fazer tudo no aumentativo.
Poucas vezes temos essa sensação de que o controle se esvaiu, com o desmonte de todos os discursos - os planos precisam ser refeitos, reinventados, dilacerados.
Dá vontade de cantar trechos de músicas, misturados, numa tentativa de compor uma canção, fazer colagens com imagens em revistas, numa tentativa de inventar alguma imagem que se assemelhe a sinestesia do nosso encontro. Na minha imaginação, misturo perfumes com novas plantas, numa tentativa desmedida de ter seu cheiro. Aprendo a plantar pra ter uma horta na casa imaginária que eu construí para nós dois. Dá vontade de pular de pára quedas numa tentativa de fazer você ecoar no ar, realizar o curso de mergulho estatizado no papel há anos, numa tentativa de soltar você pelas bolhas de ar.
Vontade de arrumar o quarto, numa ilusão intempestiva de que você o visite. Dá vontade de ser uma pessoa melhor, e pior, e ser o que quiser ser, só pra dizer pra você que eu acordei me sentindo livre ao seu lado. Vontade de fechar os olhos e refazer o nosso encontro em imagens oníricas, numa sensação que tudo aconteceu de maneira tão avassaladora, que não podia ser real, apesar de sentir os efeitos seus em mim em todos os poros que respiram. Vontade de ser coberta pelos seus buracos, suas vontades, seus medos, te consumir, fazer com que os nossos buracos ecoem. Respirar o seu ar, fazer os seus olhos encontrarem os meus.
Você me dá vontade de fazer tudo no aumentativo.