Tela interminada repousa ao lado da cama.
O meu sorriso, recém-acordado, ecoa um silêncio
[antropofágico.
O artista dorme ao meu lado.
Cabelo bagunçado, sua nudez é
avassaladora.
O corpo, que fora devorado por mim, dormia.
Eu, sorria.
Devorava-te com os olhos,
e suspirava:
Devorei-te
A ti.
Doce lembrança, que ao cair o dia,
se assemelhava a um sonho criado,
irreal.
Caio em mim:
sou só um corpo que viveria para te comer.
Com os olhos, com a boca, com os lábios,
com tudo o que posso.
É que contigo eu não posso,
transborda em mim.
És a tela interminada.
Aquela que eu gostaria de pintar.
Aquela no abismo da minha fantasia,
e do real.
Sonho antropofágico.
Comer-te,
a ti.
Pintar-te,
pra mim.
Criar-te na beira da minha cama.
O meu sorriso, recém-acordado, ecoa um silêncio
[antropofágico.
O artista dorme ao meu lado.
Cabelo bagunçado, sua nudez é
avassaladora.
O corpo, que fora devorado por mim, dormia.
Eu, sorria.
Devorava-te com os olhos,
e suspirava:
Devorei-te
A ti.
Doce lembrança, que ao cair o dia,
se assemelhava a um sonho criado,
irreal.
Caio em mim:
sou só um corpo que viveria para te comer.
Com os olhos, com a boca, com os lábios,
com tudo o que posso.
É que contigo eu não posso,
transborda em mim.
És a tela interminada.
Aquela que eu gostaria de pintar.
Aquela no abismo da minha fantasia,
e do real.
Sonho antropofágico.
Comer-te,
a ti.
Pintar-te,
pra mim.
Criar-te na beira da minha cama.
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