segunda-feira, 28 de abril de 2014

verde

As cores eram todas inevitavelmente verdes, desde a água que escorria na pedra, até os tons das peles, que pelo frio da água tinham essa tendência de ficarem arrepiadas e ecoarem o verde ao redor.

Foi num relance, em meio a correnteza e um mergulho demorado, que ao me levantar te vi, destacado desse cenário absurdamente natural. Aquilo tudo estava em paz demais - se é que essa combinação é possível.

O tempo estava desgarrado de si mesmo, o relógio já não importa quando cai água da pedra, ininterruptamente... 

A expansão do tempo, dada, alargou-se ainda mais quando olhei dentro dos teus olhos, tão castanhos quanto aquelas pedras. Foi inevitável, e nada mais seria automático a partir dali. Nem mesmo a água da cachoeira, que está fadada a cair;
 até ela se desmontou.

Impressionante o quão absurdo pode parecer algo tão natural. 

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