Hoje eu acordei sem vontade de levantar da cama, isso tem acontecido com certa frequência, à minha própria revelia, que estranha esse desejo preguiçoso, dado que sinto prazer em realizar muitas coisas ao mesmo tempo. Ao estranhar esse sentimento vindo de mim mesma, me remeto ao sentimento que ele poderia ser estrangeiro, algo que não é meu, mas que de repente tem se apresentado a mim mesma como uma forma de me relacionar com o mundo. Como se eu pudesse fugir da passagem das horas, de tudo o que eu desejo e não acontece, e de tudo o que eu desejo que mude, e não muda. Hoje eu acordei com vontade que grandes mudanças já estivessem em vias de acontecer, e não que elas parecessem distantes de se tornarem viáveis. Já não sei mais me se me tornei refém dos meus desejos, ou se ao descobri-los me tornei invariavelmente revolucionária. Mas hoje eu queria que a revolução pudesse ser feita de cima da minha cama.
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