terça-feira, 12 de maio de 2015

Hoje saindo do trabalho, me lembrei que precisava ir ao supermercado,  e fui com meu namorado imaginário, ele contou uma piada no meio do caminho e eu até ri.
Saindo do supermercado, depois de termos rido das piadas, e visto uma cena engraçada de uma mulher escorregando, depois de deliberar sobre o que comeríamos amanhã, fomos embora.  Imaginei o que ele faria com as espinhas que nasceram no meu rosto em decorrência da minha TPM, e o imaginei espremendo todas, e sentindo um prazer escatológico, até briguei com ele, porque não gosto quando ele faz isso em público. Imaginei que eu falaria como eu me senti diante do dia, e até imaginei que debatíamos um texto que li demanhã. Imaginei o que ele falaria da minha roupa, se ele gostou da combinação. O que ele falaria ao me ver chegando do cross fit, e que talvez eu esteja pegando pesado demais, ele sempre diz que sou exagerada. Imaginei o que ele falaria do suco verde, que eu voltei a tomar. E que provavelmente iria rir da saudação ao sol que eu comecei a fazer todas as manhãs. Em meio a tanta ausência me sinto um pouco louca por ter um namorado imaginário. Imaginei que o amor deve ser isso mesmo. Que só se sabe amar quando se deixa ser só. Mas já não sei mais se amo essa solidão ou se amo essa obsessão de imaginar como seria se você estivesse. 

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